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A Chapa Cuidar da Profissão defende uma aproximação cada vez maior da Psicologia brasileira com a temática étnico-racial em seus múltiplos desdobramentos psicossociais. Nesse sentido, dará continuidade a iniciativas já estabelecidas e estenderá sua atuação para demandas existentes em relação a essa questão e ainda não contempladas pela ações do Conselho.

 

O Movimento Pra Cuidar da profissão SP  afirma o compromisso da Psicologia brasileira com o combate a todas formas de discriminação racial, dando continuidade ao apoio e organização de eventos que contribuam com a concretização dos princípios presentes tanto em artigos de nossa Carta Constituinte de 1988, como em documentos e convenções internacionais. Além disso, pretende promover construção de estratégias para a criação de grupos de trabalho sobre relações raciais nas várias subsedes e na sede do CRP, promovendo diálogo com os profissionais que lidam diretamente com essa questão em sua atuação e, ao mesmo tempo, elaborando estratégias para a transversalização da temática nas ações relativas a todos os processos de trabalho da categoria. Também serão desenvolvidas ações que tematizem as formas de sofrimento psíquico relacionadas ao racismo, assim como estratégias de promoção de bem estar psicossocial dessas populações.

 

Nesse sentido, é importante destacar a aprovação da Resolução do CFP 018/2002, que estabelece normas de atuação para psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial. Outro marco histórico fundamental foi a realização, em 2010, do I Encontro Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) das Relações Raciais e Subjetividade – PSINEP, no qual foi produzida A Carta de São Paulo, que contextualiza, estimula e orienta a reflexão e a práxis sobre relações étnico-raciais na Psicologia do Brasil.

 

Em relação à questão indígena, daremos continuidade ao conjunto de atividades que abordem diferentes pontos de intersecção entre Psicologia e Povos Indígenas. Destaca-se, também, o apoio e aproximação com atividades realizadas por organizações indígenas, procurando assim visibilisar suas demandas históricas e aproximar a Psicologia da realidade cotidiana dessas populações.

 

Diante do retrocesso histórico do Estado Brasileiro na questão indígena, agravado ainda mais pelo quadro de violência a que estão expostos estes grupos, entendemos fazer parte do compromisso social da Psicologia se posicionar afirmando a necessidade de proteção e efetivação dos direitos conquistados por essas populações, no que se refere à demarcação legal de suas terras, ao controle social das políticas públicas na área da saúde, à assistência social e à agricultura, assim como na defesa de seus saberes tradicionais e de seus modos de vida. Isso representa protoganismo da profissão em relação às questões urgentes da população brasileira, único caminho possível para o reconhecimento da Psicologia.

 

Uma outra importante frente de trabalho em relação a essa temática refere-se às áreas de atuação no campo da imigração e o contínuo trabalho das(os) psicológas(os) diante dos efeitos da xenofobia e do racismo para o sujeito.

 

Por fim, entendemos que as diferentes formas de discriminação étnico-racial presentes em nossa sociedade guardam profundas relações com a questão social brasileira. Nesse sentido, o Cuidar da Profissão reconhece ser tarefa da Psicologia brasileira estar ao lado dessas populações em sua luta por direitos nas ações políticas que buscam reverter o quadro de prejuízo histórico e de injustiça social que caracterizam a sociedade brasileira.

 

A Psicologia deve CUIDAR disso.

Questões Étnico-Raciais

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